Algoritmos e produção de conteúdo
- contcomtec104
- 24 de nov. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 25 de nov. de 2019
“Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que publique. Todo o resto é publicidade.” (Orwell, George)
Em o Algoritmo Curador, Saad nos mostra a importância da curadoria das informações que são dispersadas na rede e traz como solução esse algoritmo de organização e pré disposição de informações relevantes e seletivas à cada público específico, fazendo assim o usuário consumir o que lhe é mais importante. Esse tipo de situação acontece cotidianamente nas redes sociais, mas são nítidas quando um evento em especial é realizado.

Vejamos as informações acuradas durante as eleições do atual presidente da República, Jair Messias Bolsonaro. Durante o ano de 2018, era relevante para o público saber o que estava acontecendo com o candidato à presidência, logo após a facada recebida em um de de seus comícios pelo país. E o que era relevante para maior parte da sociedade era descobrir se realmente a facada aconteceu ou se era uma imagem distorcida e fora de ângulo que relatava algo que não tinha acontecido.
A sociedade vive na era pós-ideia, ou seja, os indivíduos se tornaram grandes acumuladores de informações, mas já não conseguem desenvolver um pensamento crítico e profundo sobre o fato. Gabler (2011) em sua fala retrata justamente o que queremos falar sobre as notícias disseminadas durante as campanhas eleitorais: os indivíduos eram tão bombardeados com informações e conteúdos produzidos na internet, principalmente o whatsapp, que não sabiam lidar com essas informações, nem mesmo distinguir entre uma "fake news" de uma notícia verídica e apurada.

Durante a campanha eleitoral de 2018, foi produzida uma série de “fakes news” que “hitavam” o bios do afeto, pois as pessoas consumiam o que queria ler, ao invés de consumirem o que se devem ler, foi graças às redes sociais, que disseminavam as informações criando assim uma agenda setting personalizado ao usuário.
Tornou-se uma crise do conhecimento, uma "information overload" (Weinberg, 2012), onde as informações encontram-se espalhadas e produzida por amadores, plagiadores e usuários que consideravam um bom conteúdo aquele que no Facebook tinha o maior número de polegares indicando o "curtir" (Saad).
Com essa enxurrada de informações necessitando de curadoria, quem serão os curadores?
Somos nós, comunicadores que organizamos os dados para ofertar ao usuário um conteúdo que lhe seja relevante.
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